terça-feira, 3 de agosto de 2010

HADES - o senhor do submundo.

“Toda energia inconsciente é projetada” já diziam os junguianos, ocultistas, astrólogos e afins. Além de projetarmos a energia parece que, quanto mais tememos ou tentamos controlar, ela parece dominar nossos atos, como um arauto à espreita, esperando que cruzemos seu caminho. Esse arauto também pode ser chamado de HADES, o senhor do submundo e da região mais profunda do inconsciente.

Ao primeiro olhar, Hades é repulsivo. Fomos educados, através das culturas e religiões, para ignorar o nosso lado obscuro, renegado, condenando-o a viver nas sombras do inconsciente. Hades faz questão de nos lembrar este ato futucando por baixo e provocando erupções repentinas das emoções reprimidas. Aquele que não tem consciência das forças de Hades, que não tem uma relação saudável com este arquétipo, tende a medicar os sintomas e tentar obter o controle por técnicas das mais variadas (meditação, canalização através de esportes, guerras, alopatia...). Sempre tentará manter o controle da situação, o que pode ser uma atitude muito perigosa e autodestrutiva. Não podemos controlar as forças deste arquétipo. Seria o mesmo que tentar controlar a correnteza de um rio (de lava).

A única forma de lidar com isso é reconhecer o lodo que está escondido nas entranhas do inconsciente. Hades provoca uma explosão para que se tome consciência e para que haja uma transformação. Essa transformação levará a uma expressão positiva do conteúdo até então renegado.

O melhor que podemos fazer é nos render à força do arquétipo da transmutação. Se observarmos bem, ele exige que nos conscientizemos de tudo que lançamos em seu território. Ele exige de nós integração, totalidade, transmutação.

E como falar mal de quem me leva às mais profundas divagações cancerianas?

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